Sensor 12K da Blackmagic: e agora, como fica a pós-produção?
Na última edição da NAB Show, a Blackmagic Design surpreendeu (mais uma vez) o mercado audiovisual com o lançamento de um novo sensor 12K para suas câmeras. A promessa é ousada: uma imagem com qualidade próxima aos sensores da linha Alexa, mas com um custo muito mais acessível.
Mas no meio de tanta empolgação, uma pergunta precisa ser feita com seriedade:
Como essa nova resolução impacta a pós-produção?
12K: só resolução ou mais do que isso?
O novo sensor da Blackmagic entrega impressionantes 12.288 x 6480 pixels, ou seja, uma resolução realmente altíssima. Mas não se trata apenas de mais pixels. A empresa também incluiu sua nova tecnologia de cor, chamada de G5, que promete entregar uma qualidade que rivaliza com sensores de cinema de alto padrão.
Para muitos, surge a dúvida: “pra que 12K?”
Essa pergunta é legítima e, curiosamente, já foi feita quando o 4K começou a se popularizar.
A resposta está no benefício técnico que essa resolução oferece:
1. Reenquadramentos e recortes com muito mais liberdade (especialmente útil em efeitos visuais e chroma key);
2. Maior precisão para tracking de movimento;
3. Possibilidade de extrair stills de alta qualidade diretamente do vídeo.
Ou seja, mais do que exagero, o 12K pode se tornar uma ferramenta valiosa em diversas etapas da produção.
O peso da alta resolução
Agora vem a parte crítica: a pós-produção.
Quanto maior a resolução, maior a exigência da infraestrutura. E com 12K, estamos falando de um salto bem significativo.
Vamos a um exemplo prático:
Com o codec BRAW e compressão média, 1 hora de gravação em 12K pode ocupar cerca de 2TB. Já em 6K, essa mesma hora de material ocupa por volta de 700GB. Ou seja, o aumento não é linear, ele é brutal.
Isso exige:
– Servidores mais robustos, com alto desempenho de I/O (leitura e gravação);
– Rede de 10Gbps ou superior para garantir velocidade de acesso;
– Estações de trabalho potentes, capazes de lidar com decodificação, edição e exportação em tempo viável;
– Espaço de armazenamento para backup, seja em nuvem ou em fitas LTO.
Mais tecnologia, mais planejamento
O grande erro seria ignorar esses números e seguir filmando sem considerar o que acontece depois. Já vimos isso acontecer no passado, com a chamada “farra digital” da chegada das câmeras digitais. Na época, muitos gravavam horas e horas de material, mas a pós-produção não estava preparada para lidar com o volume.
Hoje, com o 12K, o cenário se repete, só que em outra escala.
Sem o devido planejamento, gargalos inevitáveis aparecem: demora no ingest, lentidão na timeline, exportações que travam, backups que não terminam. E tudo isso custa tempo e dinheiro.
Como se preparar para o 12K?
A boa notícia é que dá, sim, para se preparar. E não precisa sair comprando tudo no escuro. O segredo está em dimensionar corretamente a infraestrutura, de acordo com a demanda real de produção.
Na MDotti Tecnologia, é exatamente isso que fazemos. Ajudamos produtoras, agências, estúdios e criadores a montar fluxos de trabalho eficientes, pensando desde a captura até a entrega final.
Se você está de olho em câmeras com sensor 12K, ou qualquer outro formato de alta resolução e quer evitar dores de cabeça na pós, fala com a gente. Desenhamos soluções personalizadas com:
– Servidores de alta performance (ZBoox);
– Redes de alta velocidade;
– Armazenamento seguro e escalável;
– Suporte para backup e arquivamento;
– Workstations otimizadas para pós-produção.
Conclusão
O 12K chegou para ficar ou, no mínimo, para marcar a próxima etapa da evolução audiovisual. Mas como toda tecnologia nova, ele exige preparo. E quem se antecipa, sai na frente.
Se quiser entender como preparar sua estrutura para esse novo cenário, estamos à disposição para conversar.
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